Preso nesta quinta-feira (14) no hospital da Fusam em Caçapava (SP), o médico João Batista do Couto Neto, suspeito de causar a morte de 42 pacientes e lesões em outros 114 em Novo Hamburgo (RS), realizava atendimentos no local há mais de um mês.
Além de Caçapava, o sistema do DataSUS aponta que Couto tinha vínculo ativo em outras cinco cidades de São Paulo e duas no Rio Grande do Sul - veja mais abaixo. O profissional não estava impedido de atuar e tinha registro ativo nos conselhos de medicina.
Segundo a Fundação de Saúde e Assistência do Município de Caçapava (Fusam), o profissional atuava no hospital desde 8 de novembro e não há registro de nenhum problema com os pacientes.
A unidade afirma que ele prestava serviços no hospital por meio de um contrato com a empresa Archangelo Clínica Médica e que não tinha vínculo com a Fusam.
O hospital informou também que o médico atuava estritamente no pronto-socorro e em visitas na Clínica Médica.
A Fusam ainda explicou que "na certidão de antecedentes criminais e no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, nada consta que desabone a conduta do profissional" e que está à disposição da Justiça.
Atendimentos em outras cidades
Além de Caçapava, o médico João Batista do Couto Neto consta com vínculo ativo em outras cinco cidades de São Paulo e duas no Rio Grande do Sul, conforme o sistema do DataSUS, órgão de informações do Sistema Único de Saúde do Brasil.
No Vale do Paraíba, os atendimentos aconteceram também em Jacareí e Queluz. Em Jacareí, o profissional atendeu na Santa Casa e na UBS do Parque Meia Lua.
A prefeitura da cidade explicou que o médico tinha todas as credenciais que permitiam exercer o ofício e nenhuma pendência criminal no momento da contratação.
Ainda segundo a prefeitura, Couto foi dispensado quando a gestão teve ciência das acusações. Ele fez apenas um plantão no município.
Em Queluz, os trabalhos foram prestados no hospital municipal da cidade. Ao g1, a prefeitura explicou que Couto fez apenas um plantão de 12h na cidade e não houve registro de reclamações.
A administração disse que ele foi indicado por um outro profissional para assumir o plantão após um imprevisto.
Prisão em Caçapava
O médico foi preso na tarde desta quinta-feira (14) na Fusam (Fundação de Saúde e Assistência do Município de Caçapava). A unidade é um hospital filantrópico. Ele foi preso enquanto realizava atendimento.
Fonte: G1
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